Mr. Catra é o rei do funk no Rio, no Brasil. O rei do proibidão, o funk mais sujo e sacana que existe, se é que existe outro tipo. O cara tem opiniões controversas, tipo as que rolam por aqui. Preto adotado por ricos, ele já subiu o morro atrás de um casaco do Mickey que lhe roubaram, já foi músico de soul e em Jerusalém teve uma epifania de frente ao Muro das Lamentações. Lá ele se converteu ao judaísmo. É um hebreu, pois, para ser judeu, tem que nascer de ventre judeu, um pequeno detalhe que eu desconhecia... Saiu uma entrevista dele na Trip, que é uma revista de paulista quase tão pau no cu quanto um estilo de vida paulista pode ser. O Surf quase salva os caras. Quase. Trip - O único negro da sala de aula. Rolou alguma história de racismo contigo? Catra - Só existe isso quando você é duro, parceiro. Não existe dinheiro sem poder e poder sem dinheiro. Trip – Você segue uns dogmas da igreja, transa sem camisinha... Catra – Você quer que te diga legal, de coração? Transar com camisinha...