Cabezas' Digest: To Live is to Die: The Life and Death of Metallica's Cliff Burton (por Joel McIver)
Com o crescimento vertiginoso de nosso blog (acho que o Metal, como bom administrador, podia colocar uma ferramenta de contar registros para podermos ter a exata noção de quantas pessoas visitam o mundo dos Cabezas), e tentando fugir do estigma de escrever apenas sobre punheta, mina e pica (há controvérsias a respeito desse último assunto), estou inaugurando hoje uma nova seção: "Cabezas Digest". Aqui nosso ávido leitor poderá encontrar sugestão de livros para seus momentos de lazer que não envolvam sexo, drogas ou rock n' roll.
To Live is to Die: The Life and Death of Metallica's Cliff Burton
Autor: McIver, Joel
Editora: Pub Group West
Assunto: Biografia
ISBN: 190600224-X
Brochura - 336 páginas
Idioma: Inglês
1a Edição - 2009
Bem, eu sei que sou de uma época que metaleiro não lia, éramos rebeldes sem causa, diferentes dos punks dos anos 70 que pregavam a anarquia, dos emos chorões dos anos 2000 e dos rockeiros farofa dos anos 80, os anos 90 foram uma excelente época para ser adolescente, tinha o grunge, tinha o Metal em seu auge (Black Album, Fear of the Dark, Countdown to Extinction, Sound of White Noise, todos albums que ficaram top10 na famosa lista da Billboard, em uma época onde não existia música pra download), enfim, os anos 90. Mas grande parte disso deveu-se a um homem em particular, alguém que não viveria para ver os frutos de suas conquistas, de sua história, de sua lenda, seu nome era Clifford Lee Burton, mais conhecidos entre nós como Cliff Burton.
O livro conta a história desse aquariano, nascido no dia 10 de fevereiro de 1962, em Castro Valley, California. O jovem começou a estudar música muito novo, ainda criança, quando seu pai o colocou em aulas de piano, onde desenvolveu o gosto por música clássica. Após a morte de seu irmão mais velho, Scott, ele resolveu seguir seus passos e começou a tocar baixo, segundo os pais, sua frase ao iniciar foi: "Eu vou ser o melhor baixista do mundo pelo meu irmão!". E foi o que ele fez, a cada novo ano de sua adolescência ao início da vida adulta, Cliff trocou de professor diversas vezes, pois superava um após o outro em técnica, ritmo, teoria, enfim, o jovem seguia rumo a seu objetivo.
A cada capítulo conhecemos um pouco mais da personalidade fantástica de Cliff Burton, de seu jeito quase inocente de ser a sua introspecção e inteligência. Ele parecia ser o tipo de pessoa que todos gostariam de ter como amigo, não era de falar muito, mas sua opinião sempre era respeitada. Curiosidades a respeito de sua vida pessoal, música e sua morte são contados em detalhes, coisas como o captador Seymour-Duncan de guitarra que possuia seu baixo Rickenbacker, o fato de tocar com o dedinho de sua mão direita ereto devido a um acidente com um anzol quando criança, que o ônibus caiu duas vezes sobre ele quando tentavam levantá-lo, levando a teorias de que ele estava vivo, mas morreu com o segundo impacto sobre seu corpo, enfim, tudo que um viciado em Metallica e/ou baixo pode esperar de uma biografia.
O livro é muito bem escrito e possui entrevistas interessantes, como a ex-namorada de Burton, é um must have para qualquer um que tocou, toca ou tocará baixo em uma banda de Heavy Metal, pois Cliff, assim como Hendrix foi para a guitarra, foi o maior exemplo de músico desse segmento, ele inspirou e continuará a inspirar legiões de baixistas fanáticos por seus solos, suas calças bocas de sino, e, por que não, seu jeitão meio desleixado de ser. Da mesma forma, todo viciado em Metallica também possui a obrigação de tê-lo, afinal de contas, Burton ensinou James e Lars teoria, ensinou-os a ouvir outros tipos de música para inspirá-los em suas composições, como Bach, Bethoven e Misfits, ensinou-os a terem um ideal (coisa que Lars não deu muita bola, mas James, pelo jeito, sim).
O prefácio é escrito por Kirk Hammet, e ao final do livro, confesso que chorei, do mesmo modo que chorei quando vi Ray Burton aceitar a inclusão de seu filho no Rock N' Roll Hall of Fame em 2009. Enfim, Burton era gênio, e gênios sempre fazem falta...
Mas se você não gosta de Metallica, não gosta de Heavy Metal, não sabe quem é Cliff Burton, é melhor ficar longe do livro, pois não vai entender nada mesmo.
Agora vou tentar ler a biografia do Eric Clapton (minha mina que me deu), Black Tooth Grin: The High Life, Good Times, and Tragic End of Dimebag Darrel Abbott e Mustaine, A Heavy Metal Memoir. Nos vemos na próxima edição de "Cabezas Digest"!!
To Live is to Die: The Life and Death of Metallica's Cliff Burton
Autor: McIver, Joel
Editora: Pub Group West
Assunto: Biografia
ISBN: 190600224-X
Brochura - 336 páginas
Idioma: Inglês
1a Edição - 2009
Bem, eu sei que sou de uma época que metaleiro não lia, éramos rebeldes sem causa, diferentes dos punks dos anos 70 que pregavam a anarquia, dos emos chorões dos anos 2000 e dos rockeiros farofa dos anos 80, os anos 90 foram uma excelente época para ser adolescente, tinha o grunge, tinha o Metal em seu auge (Black Album, Fear of the Dark, Countdown to Extinction, Sound of White Noise, todos albums que ficaram top10 na famosa lista da Billboard, em uma época onde não existia música pra download), enfim, os anos 90. Mas grande parte disso deveu-se a um homem em particular, alguém que não viveria para ver os frutos de suas conquistas, de sua história, de sua lenda, seu nome era Clifford Lee Burton, mais conhecidos entre nós como Cliff Burton.
O livro conta a história desse aquariano, nascido no dia 10 de fevereiro de 1962, em Castro Valley, California. O jovem começou a estudar música muito novo, ainda criança, quando seu pai o colocou em aulas de piano, onde desenvolveu o gosto por música clássica. Após a morte de seu irmão mais velho, Scott, ele resolveu seguir seus passos e começou a tocar baixo, segundo os pais, sua frase ao iniciar foi: "Eu vou ser o melhor baixista do mundo pelo meu irmão!". E foi o que ele fez, a cada novo ano de sua adolescência ao início da vida adulta, Cliff trocou de professor diversas vezes, pois superava um após o outro em técnica, ritmo, teoria, enfim, o jovem seguia rumo a seu objetivo.
A cada capítulo conhecemos um pouco mais da personalidade fantástica de Cliff Burton, de seu jeito quase inocente de ser a sua introspecção e inteligência. Ele parecia ser o tipo de pessoa que todos gostariam de ter como amigo, não era de falar muito, mas sua opinião sempre era respeitada. Curiosidades a respeito de sua vida pessoal, música e sua morte são contados em detalhes, coisas como o captador Seymour-Duncan de guitarra que possuia seu baixo Rickenbacker, o fato de tocar com o dedinho de sua mão direita ereto devido a um acidente com um anzol quando criança, que o ônibus caiu duas vezes sobre ele quando tentavam levantá-lo, levando a teorias de que ele estava vivo, mas morreu com o segundo impacto sobre seu corpo, enfim, tudo que um viciado em Metallica e/ou baixo pode esperar de uma biografia.
O livro é muito bem escrito e possui entrevistas interessantes, como a ex-namorada de Burton, é um must have para qualquer um que tocou, toca ou tocará baixo em uma banda de Heavy Metal, pois Cliff, assim como Hendrix foi para a guitarra, foi o maior exemplo de músico desse segmento, ele inspirou e continuará a inspirar legiões de baixistas fanáticos por seus solos, suas calças bocas de sino, e, por que não, seu jeitão meio desleixado de ser. Da mesma forma, todo viciado em Metallica também possui a obrigação de tê-lo, afinal de contas, Burton ensinou James e Lars teoria, ensinou-os a ouvir outros tipos de música para inspirá-los em suas composições, como Bach, Bethoven e Misfits, ensinou-os a terem um ideal (coisa que Lars não deu muita bola, mas James, pelo jeito, sim).
O prefácio é escrito por Kirk Hammet, e ao final do livro, confesso que chorei, do mesmo modo que chorei quando vi Ray Burton aceitar a inclusão de seu filho no Rock N' Roll Hall of Fame em 2009. Enfim, Burton era gênio, e gênios sempre fazem falta...
Mas se você não gosta de Metallica, não gosta de Heavy Metal, não sabe quem é Cliff Burton, é melhor ficar longe do livro, pois não vai entender nada mesmo.
Agora vou tentar ler a biografia do Eric Clapton (minha mina que me deu), Black Tooth Grin: The High Life, Good Times, and Tragic End of Dimebag Darrel Abbott e Mustaine, A Heavy Metal Memoir. Nos vemos na próxima edição de "Cabezas Digest"!!
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