Futebol!!

Engraçado, de todos os assuntos do universo masculino abordados por este brog, acredito que o único que ninguém jamais falou aqui foi exatamente esse, futebol. Pois é, nós Cabeças não somos muito fãs do assunto, a não ser quando é Copa do Mundo e o Brasil é campeão (ou ganha muitas partidas), daí é só esperar a ligação do Away pra gente tomar todas, aconteceu em 94, 98, 2002 e 2006, no ano passado não rolou, ambos estavamos com tantas outras coisas para resolver que nem pensamos nisso.

Pois bem, mas o post não é pra falar a respeito disso. Ontem, como muitos de nossos leitores devem saber (e nenhuma das leitoras), foi a final da Copa do Brasil, fiquei feliz com a vitória do Vasco, apesar de não dar quase nenhuma importância pra isso (a não ser pra encher o saco de flamenguistas chatos), algo me chamou muita atenção durante a partida (eu estava fazendo umas coisas no computador enquanto o jogo passava na tv): a torcida do Coritiba. Puta que pariu, o que era aquilo, foi quase uma hora e meia de gritaria: COXA, COXA, COXA!!

Isso me fez refletir como o futebol ainda motiva as pessoas, diferentemente do rock n' roll. É uma clara reclamação que venho tendo nos últimos anos em relação aos amantes (eu diria que apreciadores, pois se amassem de verdade fariam como os torcedores de futebol apoiando seu time) da música. Porra, o time perdeu o campeonato mas a torcida não deixou de cantar, comemorar e gritar um só segundo. Agora vai num show do Iron, ou do Ozzy, ou qualquer outra banda grande, ninguém sabe as letras das músicas, quando o artista pede pros fãs levantarem os braços e bater palmas é só ele descer as mãos que o público faz o mesmo e por aí vai, parece que ninguém quer curtir de verdade.

Me lembro da década de 90 quando os artistas vinham aqui e gravavam discos ao vivo por causa da empolgação do público brasileiro. Quando fui ao Monsters of Rock de 1998 quase fui esmagado por querer ficar perto do palco durante o show do Megadeth, mas eu não tava nem aí, todas as músicas eram cantadas pelo público que batia cabeça, balançava e não parava um segundo. Hoje em dia, se eu quero ficar perto do palco é só ir entrando e não fica apertado e ninguém faz nada, só estão preocupados em levantarem seus celulares e ficarem filmando o show. E depois? Vai ficar assistindo no computador, na tv? E não lembrar de nada porque ficou preocupado com o menos importante?

Enfim, não é a toa que hoje em dia as bandas procuram o Chile, a Argentina, o México e outros países mais calientes para fazer suas gravações ao vivo. O Away esteve na Argentina para assistir o Metallica e disse que eles são como nós éramos, cantam todas as músicas e não param de agitar um só segundo. Acho que quero virar argentino, pelo menos assim tenho shows de qualidade (sem contar com o benefício indireto de não pagar a quantidade abusiva de impostos brasileiros)...