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Bréqui Leibi

Ontem, dia 16/08/2011 ocorreu um evento histórico na cidade de Goiânia. Zack Wylde e Black Label Society estiveram por lá e fizeram um showzaço. O show aconteceu no Centro Cultural Oscar Nyemeyer e começou por volta das 22:00. Na verdade ele começou bem mais cedo para eu e o Away. Tínhamos combinado de sair as 16:00 de Brasília, pois o ingresso goiano dizia que o show começava as 20:00, então queríamos chegar com folga. Quando tem show aqui em Brasília a gente sempre sabe que horas a banda principal vai subir no palco, então achávamos que lá seria o mesmo, por sorte nossa, não foi...

Como de costume, o Away pisou na bola e somente saímos de Brasília as 17:15, fato que fez com que pegássemos um trânsito fudido para sairmos da cidade, foi engarrafamento desde o núcleo bandeirante até a saída do DF, que deve ter acontecido por volta das 18:00.

A estrada estava um tapete, sem buracos e a pista dupla daqui até lá parecia garantir que chegaríamos a tempo, pensamos no Metal e que se ele estivesse ao volante andaria a uns 180km/h só pra garantir, hehehehe. Mas quando faltavam exatamente 22 quilômetros para chegar ao local (marcados no GPS) um engarrafamento apareceu, pensei, FUDEU!! Faltavam 15 minutos para o horário marcado e o engarrafamento parecia gigantesco... Chegamos ao local do evento as 20:35 acreditando que já havíamos perdido boa parte do show, já que o setlist da banda é bem curtinho. Por sorte ainda estava rolando as bandas de abertura... ufa...

Dei uma olhada na internet e descobri que eram duas as bandas que abririam o show, um metal daqueles bem ruins com vocais guturais genéricos estava tocando na hora que chegamos, sentei e aguardei que aquele lixo acabasse. Até hoje me pergunto o motivo da existência de tais bandas, alguma delas já alcançou algum tipo de sucesso? Parece que o nome da banda é "Mugo", segundo minha pesquisa, enfim, um lixo.

Depois tocou uma banda chamada "Black Drawing Chalks" que era muito boa, músicas originais e de qualidade, com vocais competentes e boa presença de palco, gostei, aplaudi e agradeci a boa qualidade musical do quarteto, pena que o som tava uma bosta, achei que quando Zacarias Selvagem e sua trupe subissem ao palco estaria melhor, ledo engano...

Eu e Away fomos para frente do palco, queríamos estar perto e o lugar não tava muito cheio mesmo, imagino que se tivesse sido aqui em Brasília teria mais gente, no Megadeth do ano passado teve bem mais gente, que eu lembre, cerca de 5 mil pessoas (e ainda assim achei vazio pros padrões daqui, deve ter sido o preço do ingresso, enfim...). Então utilizamos a velha técnica, chegamos perto pela lateral e quando rolasse a primeira música a gente aproveitaria a muvuca e se movimentaria de forma a chegar no local para assistir o show.

Demorou para começar, técnicos de palco se esforçavam para que tudo estivesse bom, mas, não adiantou. O início de piano da música "A New Religion" do disco das freiras ("Shot to Hell", 2006) indicou que o show iria começar. Quando os primeiros acordes de "Crazy Horse" soaram, eu e Away corremos feito loucos e a técnica funcionou com perfeição, como pode ser visto na foto que tirei no título do bost, fiquei a uns 4 a 6 metros de distância do Zack... fucking cool!

Como nada é perfeito tinha um moleque atrás, daqueles que não tem mãe, que ficou quase o show todo tentando passar por cima de mim para chegar na grade, tentou tornar minha vida um inferno boa parte do show, mas teve uma hora que eu me cansei. Precisava fazer algo, mas o quê? Se eu encrencasse iria rolar porrada, se não ele ia ficar me empurrando o show todo!! O cara do meu lado pediu paciência, disse para eu relaxar e curtir o show, isso depois de eu virar umas 10 vezes e falar pra aquele filho de chocadeira que não tinha espaço pra ele passar. A gota d'água foi quando eu escutei ele cuspindo, se o escroto tivesse cuspindo em mim ia ter briga, mas não, estava fazendo aquilo pra irritar mesmo. Usei uma técnica que não vou dizer aqui, mesmo porque vou me dedurar, e isso não seria legal, mas funcionou perfeitamente, o filho duma puta parou e relaxou. Lógico que como todo moleque mal-educado, ainda incomodou um pouco quando dava, mas nada comparado ao que ele vinha fazendo.

Voltando ao show, na verdade, começando a resenha do show propriamente dito, Zack subiu ao palco com um cocar de índio, o Away comentou: "Que filho da puta, tá achando que tá tocando numa tribo indígena!!". Ri e pensei, verdade, todo mundo sabe que ele é um redneck (se não sabe o que é, procure no novo pai dos burros, o Google!) preconceituoso do caralho, mas, o tanto que ele é isso, é o mesmo tanto que ele toca e é criativo em suas composições. Afinal de contas, qual banda de metal de qualidade surgiu nos últimos 10-15 anos que presta e não seja New Metal ou um rock alternativo, pelo que eu saiba, apenas o Black Label Society.

Largou o cocar e continuou desfilando guitarras e músicas do último trabalho de estúdio da banda, o fantástico "Order of the Black" (2010), e de outros tantos discos da banda. Veio então "Funeral Bell", "Bleed for Me", "Demise of Sanity", "Overlord"... e o show ia ficando cada vez melhor. O cara que tava do meu lado cantava tudo e gritava pra mim: "Isso é muito bom! Isso é muito bom!", eu acenava concordando e ficava feliz com a energia de todo mundo no lugar curtindo o show.

Pena que o som tava muito ruim, mal dava pra ouvir a voz de Mr. Wylde durante as músicas, e nas poucas vezes que ele falava ao microfone não dava pra entender absolutamente nada (coisa difícil pra pessoas fluentes em inglês que nem eu e o Away).

A carranca e falta de simpatia de Zack Wylde eram compensadas pelo carisma do resto da banda, que se aproximava sempre que possível da platéia e distribuía sorrisos e gesticulava com o público de maneira afetiva, e com a proximidade do palco, parecia que eu estava em um dos shows do Teatro Garagem do SESC da década de 90, só que assistindo a ninguém menos que o Black Label Society!!

Veio então a fantástica "Parade of the Dead", "Born to Lose" e então os roadies colocaram um teclado no palco, não lembro ao certo, mas acho que foi nessa hora que ele apresentou a banda, composta por Zacarias Selvagem (apelido carinhoso dado ao Zack pelo Away) (vocal e guitarra), Nick Catanese (guitarra), John DeServio (baixo, e ele é baixo mesmo!! Trocadilho podre) e Will Hunt (batera). Zack sentou ao teclado e tocou "Darkest Days", onde Nick solou (confesso que nunca tinha visto ele solar).

O lugar quase veio abaixo com "Fire It Up" e depois, o ogro Zack deve ter ficado uns 20 minutos punhetando a guitarra, foi um saco, e olhando para os lados, não fui só eu que achei isso, todo mundo estava com cara de tédio. Pelo menos ele se aproximou do público em todos os lados do palco, mas nesse tempo dava pra ter tocado no mínimo mais umas 3 músicas.

Veio então uma versão estilizada de "Godspeed Hellbound" tocada em uma Gibson de dois braços (que também foi utilizada por Nick), "The Blessed Hellride" (onde Nick ficou zuando Zack quando ele foi pra perto da bateria e ficou de costas pro público punhetando sua guitarra) e a clássica "Suicide Messiah" que arrancou um sorriso maroto de Zack quando o público berrou em peso no final Suiciiiiiiiide Messiiiaaaaaahhhhhh!!

Dava pra saber que estava chegando ao final e veio "Concrete Jungle" e finalmente a música que sempre fecha os shows do Black Label, "Stillborn", que foi cantada do começo ao fim por quase todos os presentes no evento. No final, o cara da minha frente pegou a bandana do Zack, eu não me importei, não sou groupie que gosta de ficar guardando quinquilharia de artista. A banda agradeceu e se despediu, deixando aquele gostinho de quero mais. Fazer o que né... Infelizmente não teve "In This River" para que pudéssemos homenagear Dimebag Darrell, mas havia um cartaz na platéia com os seguintes dizeres: "Long live Dimebag Darrell" e uma imagem de Dime do lado... saudades... fantástico!!

Pontos positivos:
  • A mulherada de Goiânia, ô lugar pra ter mulher boa e bonita!
  • O show em si, perfeito,
  • A viagem com o Away... sempre bom estar entre amigos pra curtir um metal;
  • O local pequeno e não tão cheio que propiciou ficar no gargarejo, algo que em Sampa, é, no mínimo, estressante pra caralho;
  • A educação em geral do público uns para com os outros.
Pontos negativos:
  • O show ser em Goiânia, e, por conseguinte, estar cheio de goianos;
  • O filho da puta que me encheu o saco metade do show;
  • A qualidade do som;
  • O Metal que é um viadinho e foi com a patroa pra Sampa sem os cabeças.
No fim, mais pontos positivos que negativos, e que venha o próximo, que eu não faço idéia de quem vai ser nem de onde vai ser... See ya!

PS.: Honestamente, eu tava tão perto que fiquei com a impressão de que aquela trança tosca na barba do Zack é postiça.

Comentários

Away disse…
faltou falar do coro: "zékki, zékki"
pode ser tb: "zéqui, zéqui"
Mr. Sweet disse…
é meu caro Away, acho que depois do evento ocorrido com o Metal, os cabeças viraram 2 novamente...
mohammed disse…
Ah... e é mô kaô essa história de q o Zakk parou de beber...
Em sampa ele tomou altas... e só ele tinha direito a cerva no palco...
Mr. Sweet disse…
Segundo o Away, a cerva dele é "alcohol free"... senão ele morre...